Três homens investigados por diversos crimes ligados ao tráfico de drogas em Ituporanga foram condenados pelo Poder Judiciário nesta semana. Eles foram investigados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e desacato. A investigação da Polícia Civil durou cerca de seis meses até ser concluída.
Conforme a Polícia Civil o caso envolvia dois homens de outros estados do Brasil que passaram a realizar o comércio de drogas em Ituporanga, especialmente maconha e cocaína. A investigação apontou também que jovens e adolescentes do município eram usados para o armazenamento, transporte e venda das drogas.
A investigação demonstrou que o traficante tido como o 'chefe' da associação, para cobrar dívidas de usuários, os ameaçava com uma arma de fogo, que escondeu na casa de um menor de idade quando percebeu que poderia estar sendo investigado pela polícia.
Ao longo da investigação realizada pela DIC (Divisão de Investigação Criminal), o criminoso desdenhou do trabalho da polícia, comentando na página oficial da Polícia Civil de Ituporanga no Facebook que jamais seria preso. Ele também desacatou os policiais e a delegada responsável pelo caso, ofendendo-a com palavras de baixo calão.
O traficante, que era réu primário perante a Justiça e encontra-se recolhido preventivamente no presídio de Rio do Sul desde março deste ano, foi condenado ao cumprimento de pena de reclusão em regime inicialmente fechado de nove anos e dez meses e sete dias de detenção, além de uma multa de mais de R$ 50 mil pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e desacato.
Mais dois homens foram condenados também pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, um deles com 18 anos de idade à época dos fatos, também primário, com pena de reclusão de oito anos com regime inicial semiaberto, podendo recorrer em liberdade.
O outro, que tinha 22 anos de idade quando da prática dos fatos, é reincidente, está igualmente preso preventivamente em Rio do Sul, desde o mês de maio deste ano, e foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado.
Ambos também deverão pagar multa de quase 50 mil reais cada um.
De acordo com a Polícia Civil há um quarto homem investigado no mesmo caso, considerado o braço direito do 'chefe' da associação, que por estar foragido está com seu processo suspenso.
Fonte: Rádio Sintonia