Seis pessoas estão desalojadas em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, após alagamentos provocados por temporais nesta quinta-feira (2). A cidade, conhecida como a Capital Estadual dos Cânions e pela prática do balonismo, também cancelou as aulas durante o dia por causa da chance de mais chuva.
Em alerta para ocorrências de deslizamentos e enxurradas, a prefeitura colocou à disposição ônibus para uma possível evacuação no bairro 1º de Maio, onde a cota do Rio Mampituba saiu do leito ao ultrapassar 4,5 metros nesta manhã. Equipes também trabalham para desobstruir córregos e bueiros.
A SC-290, rodovia estadual que liga Praia Grande ao Rio Grande do Sul, também está interditada por conta de água na pista em alguns trechos. No município catarinense, moradores que precisarem de abrigo podem se deslocar até o Ginásio Municipal (veja as imagens dos estragos).
Praia Grande tem 8,2 mil moradores e está localizada no extremo sul de Santa Catarina, na divisa com o Rio Grande do Sul, que decretou estado de calamidade pública da chuva que causou 11 mortes e deixou desaparecidos. O rio que saiu da calha em Santa Catarina também passa pelo estado vizinho.
Foto: Defesa Civil de Praia Grande/SC
Na região Sul de Santa Catarina, segundo a Defesa Civil, há previsão de alagamentos, enxurradas, deslizamentos, danos na rede elétrica, quedas de galhos de árvores e destelhamentos nesta quinta.
O avanço da frente fria também deve trazer ventos com rajadas entre 50 e 65 km/h no Oeste, Vale do Itajaí e áreas mais altas do estado.
Para a sexta (3), a previsão da Defesa Civil é que a frente fria continue em Santa Catarina, mantendo a condição para chuva volumosa em boa parte do estado. Também são esperados temporais com raios, rajadas de vento e queda de granizo.
Os acumulados de chuva entre quinta e sexta podem passar dos 200 milímetros no Oeste, Serra e Sul, áreas mais próximas da divisa com o estado gaúcho.
Essa quantidade equivale à média histórica do mês de maio, conforme a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições meteorológicas de Santa Catarina.
Com isso, essas áreas têm risco alto para estragos.
Foto: Defesa Civil/Divulgação
No Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis, o acumulado deve ficar em torno dos 100 milímetros, sendo que a média histórica de maio na região é de até 130 milímetros.
Nesses lugares, o risco para estragos é moderado. No Norte, ele é baixo.
Fonte: Rede Web TV