Na época do crime, acreditava-se que ela teria caído do rio e batido com a cabeça, já que foi encontrada pelos bombeiros já sem vida, mas com um ferimento na cabeça e sinais de traumatismo craniano. Porém, as investigações da Polícia Civil revelaram que a mulher foi assassinada.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Okuma, percebeu diversas inconsistências no depoimentos do marido de Ivani, o cubano Avilio Félix Rodriguez Mesa. "Começamos a investigar o caso por se tratar de uma morte violenta. Logo foram percebidas diversas contradições do depoimento do marido dela e com isso intensificamos as investigações", afirmou o delegado.
De acordo com o delegado, a motivação do crime foi financeira, já que o marido era o único beneficiário do testamento da vítima. "O motorhome em que eles viajavam era avaliado na casa dos R$ 400 mil. Além disso, temos indícios de que ela queria terminar o relacionamento, o que tiraria o marido do testamento", disse.
A denúncia apresentada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) aponta que o casal havia combinado de ir viajar para Curitiba, mas antes iriam passar novamente em Indaial, local me que haviam acampado dias antes.
"Prevalecendo-se da relação íntima de afeto e coabitação, com manifesta intenção de matar, dissimulando seu intento, o denunciado levou a vítima até o ribeirão situado no local, acessando a margem do rio, e, em certo momento, agindo em flagrante demonstração de ofensa à vida, golpeou a vítima com objeto não identificado pelas costas, causando-lhe lesão", aponta o documento assinado pelo Promotor de Justiça, Bruno Bolognini Tridapali.
Além disso, demostrando frieza, Avilio deixou Ivani sozinha e caída no rio, sendo a asfixia por afogamento, a causa suficiente para sua morte, destacou a denúncia.
Após finalizar o inquérito, o delegado representou pela prisão preventiva do marido. O pedido foi aceito pelo Poder Judiciário. Depois de preso, o suspeito foi levado ao Presídio Regional de Blumenau.