Na quinta-feira (17), uma mulher de 46 anos foi internada em estado grave, no Rio de Janeiro, após injetar uma dose de Ozempic falso. A farmácia que realizou a venda do medicamento foi vistoriada pela Polícia Civil e a Ivisa-Rio (Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária), e está sendo investigada pelas autoridades.
O Ozempic é utilizado no tratamento da diabetes tipo 2 e ficou conhecido por auxiliar no emagrecimento, já que reduz o apetite por possuir semaglutida na composição. A paciente foi internada no hospital Copa D"Or e recebeu alta depois da estabilização do quadro.
A Anvisa identificou três lotes de Ozempic falsificados entre 2023 e 2024 no Brasil. São eles:
A fabricante do medicamento relatou casos de falsificação também em Brasília. "Há indícios de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch foram readesivadas com rótulos de Ozempic possivelmente retirados indevidamente de canetas originais do medicamento", disse a Novo Nordisk em comunicado.
Em junho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado sobre o aumento de falsificações do Ozempic. "Esses produtos falsificados podem ter efeitos nocivos para a saúde das pessoas. Se não tiverem as matérias-primas necessárias, medicamentos falsificados podem levar a complicações de saúde resultantes de níveis de glicose no sangue e peso não controlados.", ressaltou a entidade na época.
A OMS ainda recomendou medidas de precaução ao adquirir o remédio. "As pessoas devem sempre verificar a embalagem e o prazo de validade dos medicamentos no momento da compra e utilizá-los conforme prescrito. No caso de semaglutidas injetáveis, os pacientes devem garantir seu armazenamento na geladeira".