A terça-feira (29) é marcada pelo segundo dia do julgamento dos oito réus acusados da morte do policial militar Marcos Alberto Burzanello, em 2022. A sessão começou por volta das 9h, em Tangará, Meio-Oeste de SC, com os interrogatórios dos acusados.
O TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) ressalta que, durante a tarde, ocorrem os debates entre acusação e defesa. O julgamento deverá ser finalizado na quarta-feira (30).
As duas mulheres acusadas de participarem do crime foram interrogadas na noite de segunda-feira (28). Ainda, o primeiro dia foi dedicado ao depoimento de testemunhas.
De 19, cinco foram dispensadas durante a sessão. Os réus, seis homens e duas mulheres, enfrentam acusações de homicídio qualificado pelo motivo fútil, meio cruel, utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e contra policial militar em decorrência de sua função.
Burzanello estava de folga de folga no dia 2 de dezembro de 2022 quando teria tentado evitar uma briga em uma casa noturna do município de Tangará.
Em frente ao estabelecimento, o policial foi supostamente cercado pelo grupo. Os acusados teriam dado chutes, socos, pedrada e golpe com garrafa de vidro na cabeça da vítima.
Um disparo de arma de fogo contra a perna esquerda atingiu a veia femural. Além das acusações de homicídio, dois dos réus também respondem por resistência.
O policial foi levado às pressas para o Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba, a 40 quilômetros do local do crime. Chegou a receber atendimento, mas não resistiu e morreu, deixando a esposa, Isabela Farias, e uma filha de quatro anos.
As câmeras de segurança flagraram toda a ação. Os réus contribuíram de diferentes formas para a consolidação do crime. Alguns deles seguraram a vítima enquanto outros desferiram os golpes, impediram que os seguranças se aproximassem do local e lutaram pela posse do revólver.
A Polícia Militar identificou os réus durante a madrugada, em diferentes pontos da cidade. Três deles tentaram resistir à prisão e entraram em luta corporal com os agentes de segurança.
Os socos e chutes desferidos por um dos réus acabou provocando lesões corporais em dois policiais.
"O Marcos era um cara maravilhoso, o foco da vida dele era estudo e família. Era um pai maravilhoso, os banhos da Lívia [filha do casal] ele quem dava. Sempre muito responsável com ela", contou a viúva em entrevista exclusiva ao ND+ no início do mês de janeiro, quando a morte do policial completou um mês.
"Eu só queria me despedir do amor da minha vida, mas não tive essa oportunidade. Antes de morrer, ele pediu para o amigo dar um beijo nela [na filha] e dizer que foi muito feliz comigo", lembra a viúva.
Fonte: Rede Web TV