Como a economia de SC teve desempenho melhor do que a nacional em 2023

Por douglas wiggers em 22/01/2024 às 10:46:37

As pesquisas setoriais do IBGE de novembro de 2023 indicam que a economia catarinense teve desempenho melhor do que em meses anteriores, o que é positivo para o resultado anual e garante impulso aos primeiros meses de 2024. Santa Catarina cresceu mais do que a média do Brasil ano passado e em novembro os setores de serviços e comércio repetiram essa tendência. Também melhorou o desempenho na indústria, mostram os dados do IBGE.

Setor de serviços

O setor de serviços, que mais pesa no PIB, cresceu em volume, no Estado, 8,3% no ano de 2023 até novembro, segundo o IBGE. Em novembro frente ao mês anterior teve alta de 1%, em relação a novembro de 2022 cresceu 4,4% e em 12 meses avançou 8%.

O Brasil, nesse indicador, cresceu 2,7% no ano, 3% em 12 meses, avançou 0,4% frente ao mês anterior e caiu -0,3% na comparação com o mesmo mês de 2022.

Continua depois da publicidade

As maiores altas em volume de serviços, em SC, no mês de novembro frente ao mesmo período de 2022, foram nos grupos de serviços às famílias (10,7%), serviços de informação e comunicação (10,5%) e transportes e correios (3,4%). O grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares foi o único que caiu, com retração de -5,5%. O grupo de outros serviços cresceu 0,9%.

Comércio ampliado

No varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado de alimentos e bebidas, Santa Catarina cresceu 3,7% no ano até novembro, em volume. No acumulado de 12 meses chegou a 3,5%, em novembro frente a outubro cresceu 1,9% e na comparação com o mesmo mês de 2022 teve alta de 9%.

Os dados mostram o impacto positivo da Black Friday no Estado. Na média nacional, o varejo ampliado cresceu 1,6% no ano, 2,3% nos últimos 12 meses, 1,3% em novembro frente ao mês anterior e 4,3% na comparação com novembro de 2022.

Em SC, no mês de novembro do ano passado frente ao mesmo período de 2022, as maiores altas foram nos setores de veículos e peças (22,5%), equipamentos para escritório (18,9%), eletrodomésticos (18%), materiais de construção (4,6%), produtos farmacêuticos (3,9%), supermercados e hipermercados (3,1%). Tiveram quedas os combustíveis e lubrificantes (-1,2%) e móveis (-6,1%).

Produção industrial

Na produção industrial, Santa Catarina cresceu 2,2% em novembro frente ao mesmo mês de 2022 e recuou -0,7% na comparação com o mês anterior, outubro. No ano teve uma retração de -1,7% e em 12 meses, de -1,6%.

Uma parte dessa dificuldade da indústria tem a ver com o crescimento alto de 2022 frente a 2021; outra parte, com as crises interna e externa. Mas a indústria nacional também está em baixo ritmo. Cresceu 0,5% em novembro frente a outubro, avançou 1,3% frente a novembro de 2022, no ano teve alta mínima de 0,1% e em 12 meses ficou no zero a zero.

Os setores que cresceram em novembro em relação ao mesmo mês de 2022 foram os de produtos de borracha e plástico (18%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (17%), máquinas e equipamentos (8,4%), têxteis (7,7%), produtos químicos (7,3%), metalurgia (6,3%) e produtos de madeira (2%).

Tiveram retração os setores móveis (-14,3%), produtos de metal (-9,7%), confecções (-6,5%), veículos e reboques (-1,9%), alimentos (-1,0%) e minerais não metálicos (1,0%).

Esses números do IBGE que vão integrar o cálculo do PIB, mostram, novamente, que SC está crescendo mais do que a média do Brasil. O cenário para 2024 ainda gera muitas dúvidas, mas a tendência é de que a diversificada economia catarinense siga crescendo em bom ritmo e mais do que o Brasil.

Foto: Leo Laps, Especial, Divulgação
Informações Estela Benetti/NSC

Comunicar erro
Milur Modas
Cipriani Multimarcas

Comentários

Ponto Com
Ponto Com
Papillon