As pesquisas setoriais do IBGE de novembro de 2023 indicam que a economia catarinense teve desempenho melhor do que em meses anteriores, o que é positivo para o resultado anual e garante impulso aos primeiros meses de 2024. Santa Catarina cresceu mais do que a média do Brasil ano passado e em novembro os setores de serviços e comércio repetiram essa tendência. Também melhorou o desempenho na indústria, mostram os dados do IBGE.
Setor de serviços
O setor de serviços, que mais pesa no PIB, cresceu em volume, no Estado, 8,3% no ano de 2023 até novembro, segundo o IBGE. Em novembro frente ao mês anterior teve alta de 1%, em relação a novembro de 2022 cresceu 4,4% e em 12 meses avançou 8%.
O Brasil, nesse indicador, cresceu 2,7% no ano, 3% em 12 meses, avançou 0,4% frente ao mês anterior e caiu -0,3% na comparação com o mesmo mês de 2022.
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As maiores altas em volume de serviços, em SC, no mês de novembro frente ao mesmo período de 2022, foram nos grupos de serviços às famílias (10,7%), serviços de informação e comunicação (10,5%) e transportes e correios (3,4%). O grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares foi o único que caiu, com retração de -5,5%. O grupo de outros serviços cresceu 0,9%.
Comércio ampliado
No varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado de alimentos e bebidas, Santa Catarina cresceu 3,7% no ano até novembro, em volume. No acumulado de 12 meses chegou a 3,5%, em novembro frente a outubro cresceu 1,9% e na comparação com o mesmo mês de 2022 teve alta de 9%.
Os dados mostram o impacto positivo da Black Friday no Estado. Na média nacional, o varejo ampliado cresceu 1,6% no ano, 2,3% nos últimos 12 meses, 1,3% em novembro frente ao mês anterior e 4,3% na comparação com novembro de 2022.
Em SC, no mês de novembro do ano passado frente ao mesmo período de 2022, as maiores altas foram nos setores de veículos e peças (22,5%), equipamentos para escritório (18,9%), eletrodomésticos (18%), materiais de construção (4,6%), produtos farmacêuticos (3,9%), supermercados e hipermercados (3,1%). Tiveram quedas os combustíveis e lubrificantes (-1,2%) e móveis (-6,1%).
Produção industrial
Na produção industrial, Santa Catarina cresceu 2,2% em novembro frente ao mesmo mês de 2022 e recuou -0,7% na comparação com o mês anterior, outubro. No ano teve uma retração de -1,7% e em 12 meses, de -1,6%.
Uma parte dessa dificuldade da indústria tem a ver com o crescimento alto de 2022 frente a 2021; outra parte, com as crises interna e externa. Mas a indústria nacional também está em baixo ritmo. Cresceu 0,5% em novembro frente a outubro, avançou 1,3% frente a novembro de 2022, no ano teve alta mínima de 0,1% e em 12 meses ficou no zero a zero.
Os setores que cresceram em novembro em relação ao mesmo mês de 2022 foram os de produtos de borracha e plástico (18%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (17%), máquinas e equipamentos (8,4%), têxteis (7,7%), produtos químicos (7,3%), metalurgia (6,3%) e produtos de madeira (2%).
Tiveram retração os setores móveis (-14,3%), produtos de metal (-9,7%), confecções (-6,5%), veículos e reboques (-1,9%), alimentos (-1,0%) e minerais não metálicos (1,0%).
Esses números do IBGE que vão integrar o cálculo do PIB, mostram, novamente, que SC está crescendo mais do que a média do Brasil. O cenário para 2024 ainda gera muitas dúvidas, mas a tendência é de que a diversificada economia catarinense siga crescendo em bom ritmo e mais do que o Brasil.
Foto: Leo Laps, Especial, Divulgação
Informações Estela Benetti/NSC