Mesmo sem chuva neste começo da semana, Rio do Oeste continua em situação de enchente nesta terça-feira (21). Ruas alagadas contrastam com o tempo seco que voltou à cidade desde as primeiras horas de segunda (20).
O nível do rio diminui devagar no município por uma união de fatores. Há um importante afluente que passa por dentro da cidade e se encontra com o Rio do Oeste. Este rio vem de Taió, onde há uma barragem que está com todas as comportas fechadas.
Mais abaixo, já na altura de Rio do Sul, o Rio do Oeste se encontra com o Rio Itajaí do Sul. Nessa região há a barragem de Ituporanga, que tem quatro das cinco comportas abertas. Isso significa que a força da água é muito maior onde o Rio do Oeste termina, o que forma um efeito cascata e faz a descida dele ser mais lenta, dificultando também a saída do afluente na cidade de Rio do Oeste.
Por isso, como já declarou o chefe da Defesa Civil do município, Josnei Moser, Rio do Oeste é a primeira a inundar e uma das últimas a sair da situação de enchente no Alto Vale.
No final do ano passado, sete cheias castigaram a cidade, que teve prejuízos milionários. Nesta primeira enchente de 2024, ainda não foram feitos os cálculos das perdas, mas um decreto de emergência foi assinado pelo prefeito Diogo Ferrari na segunda. Quase 80 pessoas recorreram aos dois abrigos abertos pelo poder público. Nesta terça ainda havia 75 moradores nos espaços.
Com a altura do rio em 7,95 metros no meio desta manhã, a Defesa Civil aguarda a queda para menos de 7,50 metros, quando as inundações cessam e é possível se dedicar à limpeza total das ruas. A expectativa é que as águas baixem no fim desta tarde.
Fonte: Rádio Educadora