O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), tem o quinto menor salário do Brasil, segundo a Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o Portal da Transparência estadual. Remunerações no país chegam a R$ 42 mil em outros estados.
Segundo a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), cada Estado tem autonomia para definir valores pagos a servidores públicos e chefes do Executivo Estadual. O último reajuste no salário de Jorginho Mello ocorreu no dia 13 de janeiro de 2023.
De acordo com o Diário Oficial do Estado (DOE), os subsídios do governador Jorginho Mello, da vice-governadora Marilisa Boehm e dos titulares de cada pasta foram fixados em R$ 25.322,25.
O reajuste foi aprovado em dezembro de 2022 por 28 votos a 7. Antes disso, os salários eram de R$ 15 mil (governador), R$ 12 mil (vice-governador) e R$ 10 mil (secretários).
Jorginho Mello tem um dos menores salários do Brasil
O governador de Santa Catarina, quando comparado a outros gestores estaduais, possui um salário menor. Segundo o Superior Tribunal Federal (STF), os salários dos governadores não podem ultrapassar o valor recebido pelos ministros do STF, que é de R$ 41.650,92.
No ranking dos salários de governadores dos estados, os vencimentos de Jorginho Mello ocupam a 23ª posição, segundo levantamento do UOL. Isso coloca o governador catarinense com o quinto menor salário do país, sendo maior apenas que o de Raquel Lyra (PSDB-PE), Fátima Bezerra (PT-RN), Claudio Castro (PL-RJ) e Elmano de Freitas (PT-CE).
O maior salário do Brasil é do governador do Estado de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), com vencimentos de R$ 41.650,92 – o valor máximo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal.
Veja quanto ganham cada governador no Brasil
- Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
- Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
- Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69
- Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
- Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
- Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
- Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
- Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
- São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89
- Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00
- Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00
- Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39
- Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00
- Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39
- Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00
- Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82
- Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84
- Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79
- Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94
- Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63
- Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38
- Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00
- Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25
- Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 22.000 (mas recebe R$ 42.145,88 como procuradora do estado)
- Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76
- Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14
- Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59
Salário de Jorginho Mello equivale a onze vezes que a média salarial de SC
Mesmo sendo o quinto menor salário do país, os vencimentos de Jorginho Mello custam onze vezes mais do que a renda média salarial por pessoa em Santa Catarina.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda por pessoa no estado chegou a R$ 2.267 e ultrapassou a média nacional de R$ 1.893.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Santa Catarina ficou em segundo lugar no ranking de maiores rendimentos por pessoa, atrás apenas do Rio Grande do Sul (com R$ 2.304) e na frente do Paraná (R$ 2.115). (ND+)