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Manifestações

PRF negocia liberação de rodovias bloqueadas em SC e em outros 10 estados

Santa Catarina conta pelo menos 36 bloqueios no início da tarde desta segunda-feira; manifestantes não aceitam vitória do ex-presidente Lula


Manifestação realizada na BR040, que conecta Brasília e Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/RecordTV
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) negocia a liberação de rodovias em pontos de bloqueio em Santa Catarina, outros 10 estados e no Distrito Federal.

Desde a noite de domingo (30), com o anúncio do resultado final das eleições, caminhoneiros que apoiam Jair Bolsonaro (PL) realizam protesto em todo o país contra o resultado das urnas. Santa Catarina conta com 36 pontos de bloqueio, segundo o último balanço da PMRv (Polícia Militar Rodoviária).

Mais de 70 pontos de bloqueio foram contabilizados pela PRF em todo o país. No entanto, até a última atualização, às 12h30 desta segunda (31), restavam 47 pontos de obstrução.


Segundo a corporação, policiais atuam em todos os locais de manifestação a fim de "garantir a mobilidade eficiente, a preservação da ordem pública, a segurança viária e o combate ao crime nas rodovias federais brasileiras".


"Quando surgiram as primeiras interdições, a PRF adotou todas providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para a liberação das rodovias, priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos", informou a corporação.


Além das tentativas de negociação, a PRF acionou a Advocacia-Geral da União (AGU). O objetivo é obter, na Justiça Federal, mandados proibindo a interdição e, assim, conseguir a liberação das vias.


Além de Santa Catarina, foram registradas paralisações no Rio Grande no Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Goiás e no Distrito Federal.

Divergência

Os bloqueios não são compactuados por toda a categoria. Marconi França, líder dos caminhoneiros autônomos, classifica as interdições como "tumulto" e "vandalismo". "Não vai ser meia dúzia de baderneiros que vai tentar fazer uma paralisação usando o nome dos caminhoneiros. Não é um ato de reivindicação da nossa categoria."


O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, tem posição semelhante à de França. Ao reconhecer a eleição de Lula, ele defende a necessidade de promover um alinhamento entre a categoria e o próximo governo.


"Vamos lutar pelo nosso segmento dos transportes. Há muitas coisas que precisamos tirar do papel. […] Parar o país neste momento vai trazer um prejuízo muito grande para a nossa economia", avalia Chorão.

nd+

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